“ABRINDO E FECHANDO AS PORTAS DA IGREJA”

“ABRINDO E FECHANDO AS PORTAS DA IGREJA”

  

“Pastor, o que está acontecendo? Tem gente saindo da nossa Igreja. Você sabe por quê?” Estas e outras perguntas têm angustiado pastores e líderes em todas as denominações cristãs. São perguntas que não têm uma única resposta. Normalmente é um conjunto de fatores e razões que levam pessoas a deixar suas comunidades. De qualquer forma, identificar alguns fatores e razões e que passos estratégicos podem ser dados, precisam mover os líderes eclesiásticos neste momento oportuno. Em outras palavras,  o que podemos fazer para que “a porta da frente” esteja sempre aberta e “a porta dos fundos” sempre bem fechada para que ninguém saia?

Há alguns trechos das Escrituras que podem ser lembrados por todos nós:

Ø  Jo 6.66-69 – Jesus sofre com as pessoas que lhe dão as costas e se alegra com a fidelidade dos discípulos,

Ø  Mt 16.18 – Jesus afirma que o diabo (inclusive com sua estratégia de desestabilização, divisão e contenda) não tem poder sobre a Sua Igreja,

Ø  1 Co 12.12-31 – Paulo aponta para o esforço comum para viver a unidade orgânica da Igreja.

Queremos, através deste estudo, considerar alguns pontos de reflexão:

– O que move as pessoas para virem à nossa comunidade?

– O que leva as pessoas a saírem dela?

– O que podemos corrigir nesta caminhada e “fechar a porta dos fundos”?

  

1 – As saídas e suas justificativas

Pessoas deixam a igreja local pelos mais diversos motivos. Vamos arrolar alguns:

1.1   – “Esta igreja não satisfaz as minhas necessidades”.

Para muitas pessoas a igreja é um lugar de consumo imediato e instantâneo, um “Fastfood”espiritual, sem compromisso e envolvimento.

Referência bíblica: Jo 6

1.2   – “Eu não tenho lugar nesta igreja, eles não precisam de mim”.

Pessoas se sentem desprezadas e desvalorizadas. O acolhimento e a integração são superficiais. Se sentem inúteis e sem espaço para exercer um ministério. Têm a impressão que estão num “grupo fechado”.

Referência bíblica: 1 Co 12

1.3   – “Tive alguns conflitos pessoais e decidi sair. Não tem mais clima”.

Soluções simples e fáceis nem sempre significam a “direção de Deus” para aquela determinada situação. São decisões normalmente tomadas individual e egoisticamente. O corpo não é consultado. O conselho dos irmãos não é ouvido. Pode ser um problema com o líder de um grupo, com um presbítero, como pastor, com outro membro da igreja. Ou ainda outra razão qualquer. A maneira de Deus lidar com isso sempre passa pelo diálogo, pela confissão de pecados mútuos, perdão e restauração. Algumas pessoas não têm maturidade para dar este passo e saem, trazendo tristeza e frustração para ambos.

Referência bíblica: Fp 2.1-4;4.2

1.4   – “Eu não concordo com os rumos que a igreja está tomando”.

Isso pode significar manter seu conservadorismo,  adotar práticas liberais, ou ainda,  enfatizar uma prática de fé firmada numa espiritualidade bíblica, carismática e inovadora.  Estas “posturas eclesiásticas” podem gerar descontentamento levando as pessoas a procurar “um lugar de identificação”.

Referência bíblica: At 15

1.5   – “Estou saindo da cidade – bairro. Preciso de uma transferência”.

É o que chamamos de mudança convencional. Muitas vezes isso não significa compromisso, mas sim, cumprir meras formalidades. Outras vezes,  isso está atrelado a um chamado de Deus.

Referência bíblica: At 13.1-3

1.6   – “Esta igreja é muito superficial e carnal”.

Pessoas anseiam por mais “espiritualidade”. Isso pode significar que a igreja não desenvolve nenhum plano espiritual de crescimento consistente para os seus membros ou estamos lidando com a “síndrome do descontentamento”. Outro aspecto que pode ser mencionado nesta explicação é a constante estagnação dos membros no que diz respeito ao desenvolvimento do caráter de Cristo em suas vidas.

Referência bíblica: 1 Co 13.1-9

1.7   – “Eu não me submeto a esta liderança”

A menos que a liderança da igreja local esteja em pecado, vivendo  fora dos alicerces das Escrituras, esta postura do membro sempre significa rebeldia e insubmissão ao próprio Deus. Certamente terá problemas neste sentido em outros lugares.

Referência bíblica: At 4.19,20; 3 Jo

1.8   – “ Se não der mais, eu saio”.

Vivemos numa geração de curtos e leves compromissos. Além de superficiais. O “novo” sempre encanta. Mas logo deixa de ser “novo” e não serve mais.

Referência bíblica: Jo 6

1.9   – “Eu não agüento ver isso!”

Intolerância com o tolerável. Muitas pessoas com espírito julgador não têm tido paciência e amor com os mais “fracos na fé” para ajudá-los a crescer em Cristo. Querem que todos estejam vivendo a sua espiritualidade.

Referência bíblica: 1 Co 12

1.10           – “Aqui o Evangelho não é pregado”

Insatisfeitos com as aberrações que são ditas em púlpito e os enganos teológicos, muitas pessoas saem à procura  por pastos “mais verdejantes”.

Referência bíblica:  1 Tm 4

 

Todas estas e outras razões são explicáveis, mas nenhuma pode ser justificada pela “teologia da fuga”. As relações precisam ser construídas a partir do alicerce de 1 Co 12.12-31. A menos que seja pregado “outro evangelho” que não seja o de Cristo e haja proibição da vivência da fé, nada justifica “saídas”.

Além destas razões e justificativas, é necessário que observemos outros aspectos:

1           Razões que justificam a permanência das pessoas na nossa comunidade.

2           Qual é o nosso pacto de membresia que desenvolvemos em nossa igreja?

3         – Possíveis soluções a curto, médio e longo prazo.

4         – Como lidar com a transição e mudanças na igreja?

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